28/06/2010

Pormenores

"Toda mulher tem suas pequenas grandes tragédias pra compartilhar e a medida que as ouvimos, as nossas vão ficando ainda menores."

26/06/2010

E se ele não vem?

Não choro. Não para esses tipos de acontecimentos.

Talvez pelo fato de eu não ficar triste quando coisas assim acontecem. Que tipo de coisas? Encontros que não saem, furos, desprezos, gente que enrola, que demonstra mas não chega, que faz que vai e não vai, que não é claro nos seus objetivos, que não entende o que você fala. Sensações que vão desde a ansiedade, passando pela expectativa, terminando na deprimente frustração!

Imagina um avião lindo e imponente planando no ar na maior tranqüilidade, tudo que se espera é que ele chegue ao seu destino com a mesma calma, eis que de repente todos os alarmes vermelhos começam a soar e eles são ensurdecedores, e as luzes piscam, as máscaras caem, e em questão de segundos o avião começa a cair por mais que o piloto grite “Mayday” “Mayday”, e é tudo tão rápido que não há nada a fazer... boom!

Trágico eu sei, mas é o que se sente. A expectativa vai de cara ao chão. (Consigo ouvir até o barulho do assovio com a bomba no final)

E pensando dessa forma eu deveria mesmo sentar no chão e chorar (acho melhor procurar uma analista), mas o que eu sinto de verdade é raiva; da pessoa e de mim por ter contado com a pessoa.

É... Deve ser por isso que eu não choro.

Em compensação, faço uma série de outras coisas preocupantes. Como comer compulsivamente (chocolates, bolos, tortas, doces, bebo muito... Café tá), ou gastar dinheiro em comprinhas desnecessárias (um cinto, uma blusa, por exemplo) e por fim, dou uma maltratada em que não tem nada a ver com nada (colegas de trabalho, família, alunos?! Coitados.)

Mil coisas passam pela nossa cabeça. Infelizmente sou muito contida. Podia voar no cidadão e acabar com a raça dele, mas não desço do salto. Não... Não choro e não desço do salto, acho um desaforo isso, pois eu devia. (Acho que se um dia eu descer do salto vai ser sinistro, pois vou botar pra fora toda a raiva contida, saiam da frente ou comprem ingresso pra assistir, eu compraria).

Prefiro pensar que quem saiu perdendo é o outro e não eu. Apesar de me bater uma vontade louca de ir embora, de viajar, de mudar de cidade, de ir para um lugar onde tudo seja novo. Onde ninguém saiba do meu passado e nem preveja meu futuro (Sim, quem te conhece fica prevendo seu futuro, planejando sua vida por você, um saco)

Ah... E fico chata. Eu sei... Fico rude também. (Sorry, deal with it!)… Mas eu to no meu direito; ai de quem discordar de mim. Meu avião acabou de cair! Ora...

(um pouco de ar e um gole de água...)

Felizmente depois de um tombo sempre há o momento de se levantar. E nossa “casca” vai ficando grossa de tanto cair. (Lembro-me da música Fighter da Christina Aguilera agora...)

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25/06/2010

Companheiro e Companhia

“Eu estava no meio de todas aquelas pessoas, mas mesmo assim me senti sozinha!” – aposto que muitos analistas e psicólogos já ouviram essa frase de seus pacientes, ou que você já tenha ouvido a mesma história de algum amigo num desabafo.

Falar de solidão na vida de uma pessoa solteira está batido, eu sei. Mas já há algum tempo eu descobri que existem outros tipos de solidão, que não a falta de uma pessoa pra se gostar. Eu descobri a diferença entre a falta de um companheiro e de uma companhia.

É tudo uma questão de relação entre pessoas adultas. Quando somos crianças e adolescentes conhecemos gente nova todos os dias, dentro e fora do colégio, nos colégios vizinhos, em todas as festinhas, e ainda existem os amigos do bairro, quanto mais gente na turma melhor... Sem falar no tempo que tínhamos livre para gastar formando esses laços de amizade!

Mas quando adultos, esse círculo de “conhecidos” diminui, restringindo-se a família, trabalho e amigos de infância, quando há. O tempo para se dedicar a essas pessoas ou conhecer novas também diminui. Até recorremos a internet, mas hoje em dia, como confiar em quem se conhece do outro lado de uma tela?

E além desse círculo ser pequeno (ele pode até ser grande, mas aí entra minha próxima questão), depois de adultos os “likes” e os “dislikes” de cada um acabam se tornando empecilhos para se ter uma boa companhia. Afinal, somos adultos, temos nossas opiniões, nossos afazeres, nossas contas pra pagar, somos responsáveis... Somos chatos!

*Observação de uma mãe: Bem que eu te avisei minha filha que era para você ter aproveitado sua vida enquanto estava novinha, mas você resolveu namorar, isso que dá, agora fica aí sem companhia para fazer as coisas que você quer fazer! *

Pois essa é a verdade. Uns jogam golf, outros preferem nadar. Uns gostam de trilhas, outros amam Nova York. Uns estão de folga hoje, outros não. E se fazer uma agenda bater já é difícil, imagine fazer bater o gosto de duas ou mais pessoas.

Como é difícil encontrar companhia para o que não se quer fazer sozinho!

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*Likes e dislikes se refere a coisas que você gosta ou não gosta de fazer.

12/06/2010

Valentine

Bem. Hoje é dia dos namorados. As lojas estão cheias, funcionando até tarde, os restaurantes estão enfeitados com corações e velas, as mulheres estão andando na rua com buquês de flores nas mãos, o frio colabora para deixar o clima mais saudoso, na televisão a programação é só de filmes água com açúcar, enfim... O amor está no ar.

Eu, por ser solteira, poderia estar odiando esta data e ignorando tudo em volta. Mas confesso que até prefiro e gosto do dia dos namorados, namorando ou não. O dia fica mais agradável, tranqüilo, em clima de paz, com gosto de fondue de chocolate ou vinho doce.

Me conforta saber que neste dia as pessoas reservam um momento, mesmo que pequeno, para celebrar o amor. Não é legal?

Então tentarei manter esse espírito. Mesmo já tendo ouvido piadinhas do tipo “é dia dos namorados, o que você vai fazer hoje à noite, nada né!”. Vou ignorar isso, evitar outras que possam surgir e aproveitar o dia, a noite, sem pressão, de coração aberto!

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Acho muito interessante que nos Estados Unidos, o dia dos namorados, comemorado no dia 14 de fevereiro, não é apenas celebrado pelos casais, mas também com amigos, família e quem mais se ama. Por isso, Happy Valentine’s Day, para todos!

08/06/2010

Tome nota

Se aquele cara lindo, solteríssimo, bom partido, afirma para você com todas as letras que o “lance” dele é ser solteiro para sempre, que nunca vai namorar, que prefere só curtir a vida... E você fica pensando que talvez possa fazer-lo mudar de idéia...

Traduza o discurso dele para:

“Eu não quero namorar é VOCÊ!”

A hora que ele esbarra na mulher dentro dos padrões de perfeição dele, ele muda o discurso e não hesita em namorar, tenha certeza disso. (Mas se na aproximação o discurso é o de cima, não se iluda, ela não é você).

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06/06/2010

Bad Romance

Precisamos combinar, precisamos de um acordo urgente!

Afinal, estamos aqui pelo mesmo motivo. A gente pode até disfarçar, dizer que viemos pelos amigos, bater papo, ouvir música, dançar, beber... Mas no final das contas, o que nós realmente queremos, são eles.

Então, se no meio da multidão escura e brilhosa um de vocês aparecer lindo, alto, sorridente e rodeado de pessoas interessantes e eu por acaso sorrir, não sorria de volta. “Please”, não corresponda, não dê a entender que... Enfim... Se você fizer isso, eu vou continuar sorrindo e ficar esperando até nada acontecer a não ser eu me frustrar e perder a minha noite!

E meu tempo é precioso, sabia disso?! (You’ve been a very bad boy...)

Eu não tenho esse “feeling”, essa dádiva que algumas pessoas têm de, até de longe, conseguir identificar quem é o quê. Então, por favor, me dê um toque, elogie ou critique meu sapato (que seja!), me fale da Gaga, vamos criar um código, sei lá! Façamos o que for preciso para eu me “ligar” e seguir em frente, quem sabe até com você ao meu lado, me ajudando a não cair no conto do vigário novamente.

Acho que traumatizei, também depois de tantos episódios... Peguei a “nóia” do “Será que ele é?!”

Talvez precise de umas aulas... É, é isso, vou fazer umas aulas, depois conto aqui como me saí.

Mas, por hora, estamos combinados não estamos?

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03/06/2010

SATC 2

O negócio é o seguinte. Sei que prometi escrever uma crítica sobre Sex and the City 2, mas está muito difícil. SATC é uma coisa muito pessoal. Tem gente que vai amar, gostar, achar sem graça ou odiar. Eu mesma já mudei de opinião sobre o filme várias vezes em uma semana.

Por isso, vou apenas me ater aos fatos brevemente e deixar que você assista e tire suas conclusões. (Mas adianto que o primeiro filme foi, com certeza, muito melhor!)

A seqüência traz como tema a questão das diferenças. As personagens, menos Carrie, estão um pouco mudadas, e o fato de elas irem parar em Abu Dhabi faz com que a diferença entre culturas seja colocada em discussão. (O que é um beijo na boca para você?).

Samantha está na menopausa, e suas ondas de calor matam a gente de rir. Charlotte está frustrada coitada, dá pena, mas a gente ainda a adora. E Miranda, bem... Pra mim o filme é dela. Ela mudou pra melhor e está linda demais e muito divertida.

Carrie me decepcionou um pouco, não escreve quase nada o filme todo, seu livro dá sinais de fracasso e ela põe o casamento em risco mais uma vez. Eu achei que a essa altura do campeonato minha diva já teria aprendido algumas lições, mas ela me pareceu meio “adolescente” e inexperiente na nova trama. Mas eu ainda a adoro, fazer o que!

(Tá vendo como se contrastam as opiniões?)

No mais, achei que o filme peca quando se distancia da realidade (afinal o sucesso do seriado se fez pela aproximação com a vida real das mulheres, certo?) e a viagem para Abu Dhabi começa como um sonho realizado, mas termina como um filme de comédia qualquer, um pouco clichê. (pronto falei).

Pra mim a cena que mais me faz recordar o Sex and the City tradicional é o casamento gay! Ponto alto do filme com a presença incrível de Liza Minnelli; tem que ver!

Para encerrar: As roupas estão exageradamente estranhas, mas ainda tem alguns figurinos de babar (sapatos principalmente!). E os homens (os maridos) aparecem pouco, poderiam ter mais presença no filme.

Acho que é só! Mas não se enganem, eu veria o filme de novo, tranquilamente.

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Ainda sobre tudo isso...

Nesta brincadeira de dizer que somos ou não parecidas com tais personagens, perguntei a uma amiga se quando ela assistia ao seriado com suas inseparáveis, se também faziam isso e com qual personagem ela se identificava.

A resposta foi positiva, mas veio logo com uma ressalva do tipo “na época eu era uma, hoje sou mais parecida com esta”.

E isso me fez pensar que nossas características mudam mesmo com o tempo. (Assim como as personagens do filme mudaram) Hoje eu quero uma coisa para minha vida, amanhã posso querer outra. Como dizem por aí, nada está gravado em pedra.

E essa é a última vez que me refiro a SATC por um bom tempo neste blog, senão vocês vão enjoar!

Plataforma

CAROS ELEITORES, SE SUA NAMORADA EU FOR, EU PROMETO:

Criar um ambiente amoroso e calmo para vivermos;

Cuidar das suas coisas com mais carinho do que sua mãe o fazia;

Cozinhar para você;

Lavar, passar, deixar sua casa brilhando e ainda ir trabalhar para dividir as contas;

Respeitar as suas diferenças;

Criar programas divertidos para fazermos quando você ficar entediado;

Proporcionar noites maravilhosas, e dias e tardes;

E o mais importante: Prometo preparar a sala para você reunir os amigos para ver o seu time do coração, e ainda abastecer a geladeira de cerveja e servir petiscos para todos com sorriso no rosto e sem passar em frente à televisão!

E DIGO MAIS!

No meu governo, ninguém vai ficar fuçando no seu celular, nem invadir sua privacidade apagando os números desconhecidos! Ninguém vai vasculhar seu guarda-roupa e procurar coisas no bolso da sua calça; querido eleitor quanta falta de respeito os outros governos tinham com você.

E prometo ainda, não implicar com suas manias como não limpar os sapatos antes de entrar em casa, que mal há nisso! E por último, prometo implantar o programa de liberdade de ir e vir do bar e pelada com os amigos a hora que vocês bem entenderem!

...

(Momentos depois, na sede do partido)

Missão cumprida meninas!

Foi excelente, parabéns!

Será que eles caíram?

Ah, caíram... Foi fácil.

Ainda bem que promessa de político, é só promessa... Imagina...

Nem me fale! a candidata se joga no sofá abrindo uma garrafa de água com gás.

Vamos para a segunda parte do nosso plano... a diretora chama O pedido de casamento...

...

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