28/03/2010

Mulheres

Antes que o mês de março acabasse me propus a escrever um texto que falasse sobre as mulheres. Pensei em várias coisas que poderia dizer aqui. Falar sobre mim, sobre as mulheres que estão a minha volta, das que admiro, das que pouco gosto.
Podia falar também das mulheres que cercam minha vida e influenciam minha maneira de pensar e agir. Grandes mulheres das quais tenho tido muito interesse em estudá-las, como Coco Chanel, Carmem Miranda, Brigitte Bardot, rainhas da Inglaterra, entre outras.
E então, vasculhando esse mundo de mulheres modernas, me lembrei de uma personagem que mexe comigo e que pra mim, caracteriza em si tudo que uma mulher pode ser.

Estou falando de Rachel Green, a célebre personagem do programa FRIENDS, programa este que assisto quantas vezes for preciso, por puro gosto. Apesar de ser ficção, é possível encontrar muitas Rachels por aí. E explico por que. Rachel Green tinha em suas mãos tudo que uma mulher sempre sonha em ter. Uma vida de princesa, mimada, com cartões de crédito a sua disposição, um casamento grandioso marcado com um noivo tão bem sucedido quanto o pai. Mas Rachel, assim como muitas mulheres, não está feliz com a vida que escolheu, ou melhor, não está feliz com a vida que escolheram para ela e decide que é hora de mudar, de tomar o controle de seu próprio caminho.

E assim ela o faz. Rachel larga o noivo no altar, e sai em busca de sua felicidade não importando o que aconteça, e isso inclui um belo “bye-bye” aos cartões de crédito!

A sorte de Rachel é encontrar um raro grupo de amigos. Que se apóia, se ajuda e não deixa a peteca cair, se tornando sua nova família.

Ao longo de 10 temporadas, Rachel Green se descobre, conquista seu lugar no mercado de trabalho, entende o que é o verdadeiro amor, aprende a dar valor a coisas que realmente importam e por fim, passa pela linda e árdua experiência de ser mãe.

O pacote completo na vida de uma mulher, não acham?

Pois bem... Bonita, sensível, engraçada, brava nos momentos certos, esperta quando se menos espera e na maioria das vezes um pouco bobinha, Rachel personifica o tipo de mulher que conquista qualquer um. Mas ora se ela não tem exatamente os traços de qualquer outra mulher?!

Para mim, Rachel Green é uma mulher de medo e coragem. Uma mulher que soube sair de sua zona de conforto e pular para o mundo real, onde nada é fácil, mas que no final vale a pena.

Acredito que a mulher de hoje tente pensar da mesma forma que Rachel em relação a sua vida amorosa, profissional ou familiar. E não importa se você escolher ser a melhor executiva da sua empresa ou decidir que vai ficar em casa sendo a melhor mãe do mundo. O que importa de verdade é o quanto você está feliz com as decisões que você tomou, com o caminho que você escolheu.

Eu sei que parece demagogia, que na prática é muito mais difícil do que na teoria, que sozinho ninguém chega a lugar nenhum e que esse assunto renderia muito mais conversa que um simples texto de blog, porém preciso finalizar reforçando o fato de que antes as mulheres não tinham escolha. Hoje, nós temos várias. Basta escolher a felicidade.

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"Rachel Green, interpretada pela atriz Jennifer Aniston, é uma personagem do seriado americano Friends que foi produzido entre 1994 e 2004 e que mesmo hoje suas reprises prendem a audiência."

Consolo II

Preciso fazer um adendo ao post anterior. Não tenho nada contra as sogras. Pelo menos não das que eu tive até hoje. Muito pelo contrário, sempre gostei muito e fico muito feliz de poder ter contato com elas independente de qualquer vínculo. Uma vez comadre, sempre comadre!

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21/03/2010

Consolo

Tudo está sempre muito bem... Até o momento em que eles chegam pra buscá-las e me fazem lembrar que eu estou solteira e elas não. Fico vendo eles irem embora, aos pares, e eu ímpar. Sozinha. Elas sempre têm pra quem voltar no final do dia, eu não. Não invejo. Fico feliz por eles, todos eles, e aguento a minha cruz! Fazer o quê?! Pelo menos descobri um consolo. Um detalhe bem basiquinho. Elas têm sogras... Eu não! ...

18/03/2010

Era uma vez...

Assisti num canal de TV por assinatura um documentário sobre a influência dos contos de fadas na vida das mulheres. É bem verdade que, desde pequenos, aprendemos que meninas são princesas, e meninos são príncipes. Assim como é bem verdade que isso não é verdade.

De acordo com o tal documentário, somos influenciadas de uma forma sutil, porém evidente. Por anos de nossas vidas ouvimos histórias com o mesmo enredo: que um dia o príncipe virá num cavalo branco, salvar a princesa do perigo e da monotonia, e ele será lindo, perfeito e cheio de qualidades.

Agora me diga quantas mulheres você conhece que tiveram a sorte de ter um príncipe em suas vidas? Poucas, ou quase nenhuma.

Eu particularmente ficaria com a pulga atrás da orelha se encontrasse em um homem todo um pacote de “perfeição”!

Falo sério... Nunca acreditei em príncipes. O que não quer dizer que nunca tenha esperado pelo meu.

Mas voltando ao documentário. Além dos contos de fadas, o debate ainda incluiu os romances de hoje, as comédias românticas e os seriados de televisão. E criticou duramente o papel da mulher que espera que o homem seja a principal chave para a resolução de seus problemas. Como se as dificuldades pudessem sumir com o primeiro beijo do amado! E como se as mulheres não tivessem força o suficiente para se virarem por conta própria. (Rapunzel poderia ter amarrado a ponta de suas tranças e feito rapel torre abaixo! Sozinha!)

Sei que um pouco de fantasia não faz mal a ninguém, mas temos que abrir os olhos de vez em quando, pra não nos machucarmos. E não confundir ficção com realidade.

Meu pai bem que tentou, porém me explicou errado.

Quando eu era pequena e ficava com medo das bruxas, dos desordeiros e intrigueiros, meu pai sentava comigo e dizia que aquilo não existia no mundo real, que era só coisa de filme. E eu acreditava na linda frase “E viveram felizes para sempre”.

Pobre do meu pai... Pobre de mim... Ele podia ter me dito que os príncipes é que não existiam.

Porque maldade e inveja existe sim. E também que existe divórcio, separação, traição, fofoca, intriga, bruxas! (Sai de mim!!)

Nosso mundo atual está carente de finais felizes não acham?!

Ainda bem que a geração de hoje tem filmes mais realistas... Vejamos Shrek por exemplo... rs

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“Onde está meu príncipe encantado” – dirigido e escrito por Erin Brown que diz “Nos filmes, o príncipe encantado sempre chega no aeroporto e diz ‘eu te amo’ no último minuto. Mas na vida real, somos sortudas se eles ao menos aparecem por lá”.

11/03/2010

Aos treze anos

Aos treze anos de idade, ainda vivendo num mundo cor-de-rosa, entendi pela primeira vez o que era passar por uma decepção amorosa. Me lembro como se fosse ontem. Estava numa festinha quando uma amiga, de mesma idade, chegou arrasada porque havia acabado de brigar com seu namoradinho (o primeiro). E por isso, ela chorava rios de lágrimas.

Eu, incrédula, sempre considerada a mais madura e forte de todas, lembro de ter dito:

Pára de chorar! Você fica aqui chorando e ele não está nem aí pra você.

Não é fácil... Ela soluçava.

Deixa... Chorar faz bem. Chora tudo agora que depois melhora. Disse a outra.

Então, soltei uma frase em voz alta que me custaria caro minutos depois:

Eu NUNCA vou chorar por causa de homem nenhum! Nunca!

Bom... Pareceu como um castigo dos deuses.

Apenas meia hora depois de ter dito tais palavras, vi um dos amigos do meu namoradinho (o primeiro) passeando pela festa. E por instinto ou pulga atrás da orelha, resolvi segui-lo.

O resultado, obviamente foi a seguinte cena:

“Paro em frente a praça e seguro minha respiração. Meus olhos fitam uma garota bonita sentada no banco da praça de mãos dadas com um garoto também interessante que me lembra alguém. Sim... eu estou vendo, apesar de não querer acreditar. Era o meu namorado, o meu primeiro namorado, beijando uma menina, e ela não sou eu.”

A minha primeira reação foi respirar fundo... A segunda foi correr... A terceira foi chorar.

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08/03/2010

Parabéns!

Para não passar em branco esse dia tão importante (tentarei escrever algo meu mais tarde), vou deixar aqui um poeminha em homenagem a mulher que adoro. Não sei o autor, se alguém souber por favor nos informe. Feliz dia Internacional da Mulher, a gente merece... e muito! Que mulher nunca teve... Um sutiã meio furado, Um primo meio tarado, Ou um amigo meio viado? Que mulher nunca tomou... Um fora de querer sumir, Um porre de cair, Ou um lexotan para dormir? Que mulher nunca sonhou... Com a sogra morta, estendida, Em ser muito feliz na vida Ou com uma lipo na barriga? Que mulher nunca pensou... Em dar fim numa panela, Jogar os filhos pela janela Ou que a culpa era toda dela? Que mulher nunca penou... Para ter a perna depilada, Para aturar uma empregada Ou para trabalhar menstruada? Que mulher nunca comeu... Uma caixa de Bis por ansiedade, Uma alface no almoço por vaidade, Ou um canalha por saudade? Que mulher nunca apertou... O pé no sapato para caber, A barriga para emagrecer, Ou um ursinho para não enlouquecer? Que mulher nunca jurou... Que não estava ao telefone, Que não pensa em silicone, Que 'dele' não lembra nem o nome? ...

02/03/2010

Saudades

Pensava que imaginar coisas só fazia parte da genialidade e criatividade de um autor. Poder criar uma cena, conseguir visualizá-la com toda a perfeição como se fosse real. Poder brincar com os personagens, vê-los, senti-los, dirigi-los de forma que eles fizessem exatamente o que eu quisesse, no momento em que eu achasse perfeito para as coisas acontecerem.

E assim eu conseguia.

A princípio, se parece com um sonho. Meus olhos ficam fechados, mas eu ainda estou acordada e consciente de tudo. As pessoas, sempre conhecidas, se repetem em várias estórias. Uma em particular, parecia estar em todas elas. Tudo girava em torno dele. Só depois de um tempo eu percebi que ele era meu ator principal.

E eu podia controlar tudo. Os encontros, os desencontros, os momentos de alegria, de tristeza, de saudade, os abraços, os beijos, os dramas, as despedidas... Claro que, se as estórias eram minhas, o final era sempre feliz.

Eu pensava que essa minha imaginação fosse exclusiva. Que só eu, no papel de escritora, a possuía. Tantas foram as cenas que por minha mente já passaram. Acho que por isso me convenci de que era um talento. Um dom. Uma brincadeira.

— Mas não é.

— Como pode ter tanta certeza?

— Não me leve a mal, você é criativa, mas você não está sozinha nisso.

— Então outras pessoas sentem o mesmo?

— Sentem sim.

— Mas o que é isso então? Loucura? Delírio? Apenas sonho?... É tão real!

— Não meu bem. Não é nada disso.

Então, por favor, me diga o que é.

Você quer mesmo saber?

Sim.

Pois bem. Toda essa imaginação, essa previsão... Isso é saudade minha querida.

Saudade? Mas...

Sim... Saudades meu bem... Saudades do que você nunca viveu.

...

Respeite a propriedade intelectual. Ao reproduzir os textos não se esqueça dos créditos! Obrigado!